O céu se abriu para nós, as estrelas brilhavam pra gente. O dia foi programado a nosso favor. No mar, a Lua refletia. Mas eu sentia que seu pensamento estava longe… Em algum lugar que eu nunca poderia estar. Eu toquei a sua mão de leve, e você se sobressaltou. Me olhou nos olhos, e no fundo daqueles maravilhosos olhos azuis eu pude sentir. Você não me pertence. Você não me quer. Você estava ali fisicamente, mas na sua cabeça voava sobre a cidade adormecida a procura de alguém. Eu lhe soltei com a vontade de gritar: FIQUE. Eu deixei você ir com lágrimas nos olhos, mas repetindo: Tudo bem, eu estou bem. Vá.
Eu senti que aquilo era melhor pra você, e o que mais eu poderia fazer?
Você foi, e eu soube que lá, com ela, você sorriu. O que me fez sorrir, mesmo de longe.
Amar não é querer esse alguém pra você, é saber que independente de essa pessoa estar conosco ela precisa ficar feliz. Eu fui feliz, por saber que você sentia o mesmo. A distância se tornou a minha comodidade, porque mesmo de longe era o seu rosto que eu via antes de dormir. E ele estava sorrindo.